segunda-feira, 7 de setembro de 2009

TRABALHO DIRECIONADO AO 2º TERMO DE PEDAGOGIA - FRAN

OLÁ PESSOAL! Segue a atividade de trabalho como combinado em aula: A proposta é que vocês escolham um desses autores ou outros combinados com a professora, leiam e preparem a atividade como segue a explicação abaixo. Este trabalho deve ser apresentado até o dia 29/10/09.
NUNES, Lígia Bojunga. A casa da madrinha;
____________________. Corda Bamba;
____________________. Os colegas;
____________________. Meu amigo pintor;
MACHADO, Ana maria. De olho nas penas;
___________________. Bisa Bia, Bisa Bel;
___________________. Do outro lado tem segredos;
___________________. Bem do seu tamanho;
___________________. Alguns medos e seus segredos;
___________________. Raul da ferrugem azul;
ZOTS, Werner. Apenas um curumim;
LOBATO, Monteiro. A Chave do Tamanho.

A PROSA NARRATIVA

A prosa narrativa

A prosa literária, quanto ao conteúdo e à forma de transmissão da sua mensagem, pode ser uma obra de gênero:
 Dramático: se for uma obra em prosa elaborada com o fito de ser representada num palco. Nessa forma de representação, são as ações (os “fazeres”) das personagens, no decorrer da peça teatral, que “contam” ao receptor a história (o enredo). São de gênero dramático: a comédia, a tragédia, a tragicomédia, a ópera, etc.
 Narrativo: se for uma obra em que alguém (o narrador) conta uma história (enredo), produto de um conjunto de ações desempenhadas por pessoas fictícias (personagens), num tempo, num espaço e numa seqüência que dá, a essa história contada, uma idéia de veracidade (= verossimilhança) por mais mentirosa e impossível que ela seja. São de gênero narrativo as seguintes prosas literárias: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula (e o apólogo) e a parábola.

Elementos da narrativa literária:

1- Ação: é a soma de gestos e atos desempenhados pelas personagens que compõem o enredo. Ela pode ser:
 Externa: uma viagem, o deslocamento de uma sala para outra, etc.;
 Interna: é toda a ação que se passa na consciência ou inconsciência de quem narra. Esse tipo de ação é própria das narrativas psicológicas ou introspectivas (veremos mais adiante)
As ações, na prosa narrativa de ficção, têm que parecer verdadeiras, mesmo que elas não ocorram na realidade; para isso, é preciso que, desde o início, haja coerência na conduta da personagem. Por exemplo: do início ao fim, o cão Quincas Borba “pensa”, o que faz parecer algo possível e natural para o leitor. Um cão “pensar” seria inverossímil (até numa obra literária) se isso começasse a acontecer de repente, no meio da história, por exemplo.
A ação, em suma, é o “pôr em movimento” personagens que se relacionam entre si. Como na vida, essas relações podem ser de amor, de amizade, de competição, de oposição, etc. A ação é o elemento essencial de toda e qualquer narrativa, pois é o que distingue esse tipo de discurso dos demais (de uma descrição, de uma dissertação, etc.).

2- Enredo: é sinônimo de história, trama, assunto, intriga.
“É a composição de atos (ações) feitos pelas personagens” (Aristóteles)
“É uma seqüência de acontecimentos encadeados rumo ao desenlace ou epílogo (=final da história)” (Massaud Moisés)
“É uma narrativa de acontecimentos arranjados em sua seqüência temporal” (E.M.Forster)
“É o arranjo de uma história, é o corpo de uma narrativa, é a maneira como a matéria é narrada ao leitor.” (Samira Nahid de Mesquita)

O enredo pressupõe um nexo de causalidade entre os acontecimentos. Numa narrativa, o que precede o enredo é o prólogo da narrativa e o desfecho do enredo é o epílogo. Toda narrativa, portanto, tem um começo, um meio e um fim, ou seja, o prólogo, a trama ou enredo e o epílogo. Assim, conforme a ordenação dos fatos e situações narradas, o enredo pode apresentar uma organização linear, mais próxima da ordem narrativa oral, da narrativa tradicional (mitos, lendas, casos, contos populares, etc.) em que se respeita a cronologia (narra-se antes o que aconteceu antes), obedece-se à ordem começo, meio e fim, ao princípio da causalidade (fatos ligados pela relação de causa e efeito) e à verossimilhança (procura-se a aparência da verdade, respeita-se a logicidade dos fatos). O enredo é a própria estruturação da narrativa de ficção em prosa. Ele será não o somatório, mas o produto das relações de interdependência entre a sucessão e a transformação de situações e fatos narrados, e a maneira como são dispostos para o ouvinte e o leitor pelo discurso que narra.

3- Personagem: são os seres fictícios construídos à imagem e semelhança dos seres humanos reais; são os que praticam as ações da narrativa: os agentes, portanto. Animais ou seres inanimados só são personagens quando têm características e ações humanas (personificação). As personagens, por conseguinte, representam pessoas: são os habitantes do mundo ficcional, seres que não existem no mundo real e fora das palavras, por isso, elas são um “problema lingüístico”. Não existe ação sem personagem e personagem sem ação.
As personagens são classificadas quanto às ações que praticam e quanto à sua importância no enredo.
Tipos de personagens quanto às ações que praticam (Forster):
 Planas: sua personalidade não revela surpresa; são personagens estáticas, infensas à evolução. Subdividem-se em tipos (personagens excêntricas, exageradas, mas sem deformação) e caricaturas (personagens que tem características que provocam tamanha distorção que chegam a ser ridículas; são personagens cômicas);
 Redondas: apresentam várias qualidades ou tendências, repelindo todo o intuito de simplificação. São as personagens que surpreendem o leitor; são dinâmicas porque evoluem. Subdividem-se em caracteres (quando a complexidade se acentua, a mudança de personalidade é tal que gera no enredo conflitos indissolúveis) e símbolos (quando a complexidade parece ultrapassar a fronteira que separa o humano do mítico, o natural do transcendental. Capitu é um exemplo perfeito).

Tipos de personagens quanto à importância no enredo:
1- Personagens Principais:
 protagonista: herói ou heroína da trama (ou anti-herói), é aquela que ganha primeiro plano na narrativa;
 antagonista: vilão, é o opositor ou oponente da protagonista (é o protagonista às avessas), aquele que cria os obstáculos da trama;



2- Personagens Secundárias:
 coadjuvante: é a personagem que está atuando ao lado (=aliada) da protagonista ou da antagonista, podendo ser humano ou não (uma fada, um objeto “encantado”, etc.)
 auxiliar ou árbitro ou juiz: é a personagem que funciona como um elemento decisivo dentro de um conflito, auxiliando a fazer ou a desfazer os obstáculos da trama, pendendo para a protagonista ou para a antagonista, respectivamente.
 figurativa: suas ações ou mera presença no enredo pouco ou em nada alteram os fatos da narrativa.

4- Tempo: é o elemento que ordena as ações na narrativa, encadeando-as e produzindo uma relação de causa-efeito entre elas.
 O tempo cronológico ou histórico é o mesmo do relógio, do calendário. É o tempo da narrativa linear (antes/depois), como o do conto, da novela e da maioria dos romances.
 O tempo psicológico é o infenso a qualquer ordem. Os episódios são apenas justapostos, sem que haja entre eles qualquer vínculo lógico, sintático-semântico. É o tempo da narrativa psicológica ou intimista.

5- Espaço: é o lugar, o cenário onde as ações são feitas pelas personagens. Os espaços podem ser urbanos, naturais, o interior de uma casa, de um teatro, etc. Nas narrativas psicológicas, o espaço é a mente do narrador ou de uma personagem.

6- Narrador: é quem conta o enredo. Ele pode participar da história ou apenas ser um mero observador. Na verdade, como tudo na narrativa, o narrador é também uma das invenções do autor. Dependendo da posição em que se coloca o narrador para contar a história (da pessoa verbal que narra – 1ª ou 3ª), ou seja, do foco narrativo ou ponto de vista, podemos classificar, segundo Friedman, o narrador como:
Narrativa em primeira pessoa:
 Narrador Protagonista (autodiegético): é o narrador que é também personagem protagonista da narrativa;
 Eu como Testemunha (homodiegético): é o narrador que também é personagem secundária da narrativa;
 Narrador onisciente intruso: é o narrador que conhece todos os demais elementos da narrativa e que não é personagem; conta a história em primeira pessoa;

Narrativa em terceira pessoa:
 Narrador Onisciente Intruso Objetivo: é o narrador que conhece todos os demais elementos da narrativa e que não é personagem; conta a história em terceira pessoa;
 Narrador Onisciente Neutro (heterodiegético): é o narrador observador, que não interfere na história em nenhum momento e que não conhece os fatos com antecedência (conhece no momento em que o fato acontece);

Narrativa sem narrador: as personagens agem por si. (não há ninguém contando a história, só o drama):
 narrativa sem narrador e com apenas uma personagem: Onisciência Seletiva Múltipla
 narrativa sem narrador e com várias personagens: Onisciência Seletiva.

Tipos de Narrativa

1- Romance: é a obra em prosa narrativa e de ficção mais extensa que existe, por isso contém muitos episódios; é o tipo de narrativa em que várias personagens e ações se inter-relacionada e em que os espaços e as personagens são caracterizados mais detalhadamente. O enredo do romance está sempre na íntegra, ou seja, caso o leitor queira ler sem interrupções a história toda contada no romance, ele pode fazê-lo. Há vários tipos de romances: o policial, o sentimental, o psicológico, o experimental, o histórico, o de aventuras, o de “capa e espada”, o cientificista, etc. Podem ser românticos, realistas-naturalistas, modernistas, etc., quanto ao estilo. Quanto ao espaço predominante na narrativa, podem ser urbanos, regionalistas, intimistas, etc.

2- Novela: é a obra em prosa narrativa e de ficção um pouco menos extensa e, por isso, seus elementos são mostrados de maneira mais condensada. Caracteriza-se principalmente por ser uma narrativa em capítulos, ou seja, o enredo é apresentado ao leitor aos poucos, o que significa que ele só conhecerá a história na íntegra no momento em que terminar a leitura do último capítulo da obra. Mesmo que ele tenha tempo para a leitura, ele não tem material de leitura além do capítulo disponível.

3- Conto: é uma das narrativas menos extensas que existem (normalmente tem, no máximo, dez páginas); é um mini-romance ou um recorte dele: o conto corresponde a um dos vários episódios de um romance. Por ser uma narrativa muito breve, não há praticamente descrições de espaços e de personagens no conto e seu conteúdo normalmente é a narrativa de um fato ou episódio incomum, curioso e, muitas vezes, sobrenatural ou irreal.

4- Crônica: é a narrativa mais breve que existe; é leve e baseia-se em fatos ou episódios do cotidiano, vistos com humor ou, às vezes, com melancolia.

As outras narrativas que existem, mas em grau de importância menor que as citadas, são:

1- Fábula: narrativa literária em que as personagens são seres não humanos personificados e em que o enredo encerra uma “lição de moral”. Normalmente, na fábula, as personagens são animais personificados; quando as personagens são seres inanimados personificados (uma linha e uma agulha, por exemplo), tem-se um apólogo.

2- Parábola: é uma narrativa que também encerra um ensinamento. As personagens, porém, são humanas. São narrativas comuns às obras religiosas e ao texto bíblico.

Não importa o tipo de narrativa: o que importa é narrar, é levar alguém a viajar para um mundo distante, que não existe nos mapas porque não é real, é ideal. É o mundo onde o impossível é possível, onde nossos defeitos desaparecem, onde nossos sonhos se realizam e de onde não queremos sair. Mas quando saímos desse mundo de fantasia, de mentirinha, de papel, e voltamos à nossa realidade, nosso espírito está tão bem alimentado que somos capazes de perceber que até nele há beleza, há poesia, há amor e há coisas que não conseguíamos captar porque nossa alma estava cega.

Roteiro de análise

Suponhamos que você tenha (ou queira) analisar um conto ou um romance sozinho Apresentamos aqui um roteiro (possível) de análise, mas deixamos claro que não é o único e que você deve partir sempre de suas impressões e experiências.

I. Antes de analisar o texto:
 leia com atenção e faça anotações sobre suas dúvidas ou pontos de interesse; não se esqueça de sublinhar as passagens importantes;
 recorra ao dicionário para tirar dúvidas;
 identifique e anote sua primeira impressão a respeito do texto (no final da análise você verificará se esta impressão se confirmou ou não);
 anote dados preliminares sobre o texto a ser analisa do: autor, obra, edição, cidade, editora, ano da publicação, tomo, volume, página.

II. Análise propriamente dita.

1- Capa: siga o modelo que está em anexo.

2- Título: crie um título original para a sua análise, focalizando tudo o que foi desenvolvido no texto.

3- Introdução:
a) localização do autor e da obra no cenário literário (nacional ou internacional);
b) informações gerais sobre o autor e sua obra;
c) apresentação sucinta do texto ressaltando os aspectos relevantes que serão comentados na análise.

4- Desenvolvimento: é a análise do texto, procurem prestar atenção ao desenvolvimento do tema do escrito a ser interpretado, pois é ali que se encontra aquilo que o autor quis dizer. Todavia, não fujam do tema escolhido.


4.1. Elementos da narrativa

a) Enredo
— partes do enredo;
— conflito(s): o principal e os secundários.

b) Personagens
— quanto à caracterização:
 planos: tipos/caricatura (há? quem são?);
 redondos: características físicas, psicológicas, sociais, ideológicas, morais;
— quanto à participação no enredo protagonista: herói ou anti-herói; antagonista; personagens secundários.

c) Tempo
— época;
— duração;
— tempo cronológico ou psicológico (Procure justificar e exemplificar)

d) Ambiente (características)
— localização geográfica
—clima psicológico;
— situação econômico-política;
— moral/religião.

e) Narrador
—primeira ou terceira pessoa;
—variantes.

4.2. Tema — Assunto - Mensagem

4.3. Opinião crítica
Com base nos seus apontamentos, dê sua opinião crítica sobre o texto. Provavelmente você partirá de uma primeira impressão, mas não se esqueça de que, independente da opinião ser ou não favorável, você deve sustentar esta posição com argumentos lógicos e com dados tirados do texto.
Não há limite de tamanho para uma opinião crítica (caso ela seja escrita). Tanto podem ser dez linhas como dez páginas, depende do grau de profundidade da análise.

5- Conclusão: é a síntese do trabalho, a verificação se o propósito a que se propuseram realizar foi cumprido, bem como da exposição das conclusões a que chegaram.

6- Referências Bibliográficas: citação de toda e qualquer fonte consultada.
Exemplo: CURTIUS, Ernest R. Literatura européia e Idade Média latina. Tradução por: Teodoro Cabral. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1979, pp. 144-150.


Páginas da internet: DICIONÁRIO REAL ACADEMIA ESPANHOLA. Disponível em: http://www.rae.es Acesso em: 21/02/2006.


Outras informações:
Ao entrar no Word:
1- menu Arquivo/ Configurar Página/ Margens Superior 2,0 cm/ Inferior 2,0/ Esquerda 3 cm/ Direita 3 cm/ Papel A4 / OK.
2- menu Formatar/ Parágrafo / Alinhamento: justificado/ Nível do tópico: corpo do texto/ Recuo: Esquerdo- 0 e Direito – 0/ Especial: nenhum/ Espaçamento: Antes- 0 e Depois- 0/ Entre linhas: Múltiplos: 1,5 cm/ OK.
3- menu Ferramentas/ Idioma/ Hifenização/ Hifenizar o documento automaticamente/ OK.
4- Notas de Rodapé: menu Inserir/ Referências/ Notas/ Notas de rodapé/ Ok.
































Faculdade Ranchariense - FRAN
Disciplina: Educação e Literatura Infantil
Professora: Silvia Aparecida Bedin Camponez














TÍTULO DO TRABALHO




Aluno (a):
Matrícula:








RANCHARIA / OUTUBRO / 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Texto direcionado aos alunos de Administração

VOCÊ É A FAVOR DA PROIBIÇÃO DE JOGOS
ELETRÔNICOS COM TEMAS VIOLENTOS?
SIM – Se queremos combater a violência, temos que lidar também com suas causas e uma delas pode ser esse tipo de jogo eletrônico. Por propiciar uma participação ativa do jogador na criação da violência, a influência que ele exerce sobre as pessoas é muito maior que a de filmes ou programas de televisão, por exemplo. Existem pessoas que são mais suscetíveis a essa influência. Aquelas com personalidade limítrofe ou compreensão limitada podem confundir jogo e realidade. Como crianças que assistem ao desenho do Homem-Aranha e depois agem como se realmente fossem o super-heroi. Todos nós – mesmo os considerados normais – interiorizamos essa violência, ainda que de forma controlada. Mas em uma situação em que nosso controle é diluído, com o uso de álcool ou drogas, por exemplo, um comportamento agressivo pode aflorar. Uma sociedade tolerante à violência como a brasileira, em que há muita impunidade, é um complicador. Mesmo sem uso de drogas o jovem pode se tornar violento por acreditar que vá ficar impune.

Içami Tiba, psiquiatra e educador

NÃO – Sou contra, pois não acredito que esses jogos, por si mesmos, gerem violência. Quando o Counter-Strike foi lançado, em 2000, levantou-se essa mesma polêmica e, oito anos depois, não se percebeu aumento da agressividade associado ao jogo. A forma lúdica de lidar com a violência, brincadeiras que envolvem uma dicotomia entre bem e mal são anteriores à era eletrônica. Há muito tempo que as crianças brincam de polícia e ladrão e o fato de uma pessoa interpretar um bandido não quer dizer que ela seja má ou vá se tornar má. É verdade que o jogo eletrônico desperta uma série de sensações no usuário, pois os gráficos têm um realismo muito grande. É quase como vivenciar aquilo na vida real. A forma como a pessoa vai reagir a esse estímulo varia, mas o que percebemos é que, em geral, a utilização do jogo é muito mais catártica, ou seja, funciona como uma válvula de escape que permite vivenciar um conteúdo violento, num ambiente de simulação seguro. Acaba sendo algo saudável. Além disso, a proibição contribui para despertar a curiosidade e tornar o proibido ainda mais atrativo.

Erick Itakura, núcleo de pesquisa da psicologia em informática da PUC-SP

ATIVIDADE DIRECIONADA AO 2º TERMO DE ADMINISTRAÇÃO

Olá caros alunos! Como combinado, segue a atividade que deve ser realizada até 22/09/09.
Primeiro vamos recordar que a leitura desempenha uma função social e, ao ler um artigo, por exemplo, percebe-se que nele há temas polêmicos que envolvem grande número de pessoas. O escritor por sua vez, já tem o conhecimento do assunto e deixa no texto de uma maneira implícita ou explícita o seu ponto de vista.

Sendo assim, vamos à atividade primeiramente lendo dois textos de um mesmo assunto com pontos de vista diferentes:

Logo depois você deve identificar quatro argumentos no texto 01 e também no texto 02.

Faça uma análise dos argumentos e indique o que cada autor defende a respeito da relação entre realidade e fantasia.

Imagine que esta matéria você leu em um jornal da cidade, então escreva uma carta para a seção "Carta do Leitor" expressando sua opnião sobre a matéria publicada.

domingo, 9 de agosto de 2009

As Crônicas

Faculdade Ranchariense





Leitura e Produção de Textos (Professora Silvia Bedin)



Crônicas do pessoal do 1º termo de Pedagogia

Um dia sonhei em ser importante (Fernanda de Carvalho C. Machado)
Quando eu era criança tinha um sonho.
Sonhava... sonhava... sonhava, somente sonhava.
Sonhava em ser astronauta, professora ou somente alguém importante.
Mas na minha infância perdida encontrei uma pessoa que me disse.
_ Jamais serás importante porque os sonhos não transformam pessoas e nem se realizam.
Pensei comigo na minha frágil consciência de menina: Como gostaria que Deus devolvesse os sonhos a ela,mas Deus não me ouviu, e no dia seguinte essa pessoa que não mais sonhava roubou os meus sonhos e minha infância, e mais uma vez perguntei a Deus:
“_ Porque senhor tu me abandonaste assim, e ao invés de devolver o sonho dela fez com que ela tirasse os meus?”.
Não entendia o porquê de tudo aquilo, então, pensei em não sonhar mais e também não acreditava mais nas pessoas.
Eu me fechei como uma concha, guardava tudo para mim.
Alguns anos depois encontrei uma pessoa maravilhosa que viu aquela conchinha e com um olhar clínico pode ver que dentro daquela conchinha havia uma linda pérola se formando e com muita paciência e amor está transformando esta pequena pérola em uma grande pedra preciosa.

Continue sempre assim simpática amorosa e acima de tudo esta pessoa especial.
Obrigada professora Sílvia.


Endometriose (Fernanda de Carvalho C. Machado)
Conheci esta palavra no ano de 2001, eu tinha 20 anos, trabalhava em São Paulo em um convênio médico. Fiquei noiva, fiz muitos planos, meu marido e eu estávamos muito felizes até que no meio do ano comecei a sentir muitas dores. Cólicas fortes, muito fortes. Passei por vários médicos mas ninguém sabia o que eu tinha.
No mês de setembro passei mal no serviço e tive que ser atendida com urgência pela medica de plantão, onde ela me disse sem fazer nenhum tipo de exame que eu estava com um tumor do tamanho de uma laranja na região das trompas. Eu me desesperei e comecei a chorar, pois, todos os meus planos para o futuro teriam que mudar a partir dali. Depois dela ter visto o meu desespero resolveu pedir uma ultra-sonografia pélvica e, graças a Deus, não deu nada. Assim como ela, os outros médicos que trabalhavam comigo, ao invés de tentarem me ajudar, só me colocavam pra baixo dizendo que “o meu problema era vontade de casar”, a ética profissional não existia ali.
Resolvi procurar outro convênio e foi aí que realmente descobri o que eu tinha. Depois de fazer vários exames e cirurgia, era a tal Endometriose. Por mais que eles tentassem me explicar, não adiantava, não conseguia entender, pois a palavra me assustava muito. Uns diziam que era uma inflamação no útero e outros que era um tipo de tumor que não era malíguino, que tinha tratamento. Mas o que me deixou apavorada foi o fato desta tal palavra ser a maior causadora de infertilidade.
Fiz o tratamento indicado pelo médico e no ano seguinte,as dores pioraram,foi então que percebi que além de tudo não tinha cura, fiz uma cirurgia chamada vídeo laparoscopia para saber o grau do problema, foi através deste resultado que meu drama começou.
O médico me disse com todas as palavras que eu nunca iria gerar um filho e que jamais seria mãe. Nesse momento meu mundo desabou, pois o que eu mais queria era ser mãe. Quase acabei com o meu noivado, entrei em depressão, mas graças à minha família e o apoio do meu marido, consegui reunir forças para saber mais sobre esta tal palavra que assusta a tantas mulheres.
Pesquisei em livros, internet e até mesmo com vários médicos e foi quando descobri o que era realmente endometriose.
Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio, em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação, causando fortes dores e a infertilidade.
Depois de tantas pesquisas eu aprendi sobre este problema e também a conviver com ele já que não tem cura. Me casei em Outubro de 2002. Fiz outro tratamento e mais uma vez graças ao meu bom Deus, recebi mais uma graça: consegui engravidar. Foi uma gravidez de risco, mas deu tudo certo. Hoje meu milagre se chama Agatha e tem 3 anos e, esta é a prova de que milagres acontecem. Basta acreditar .


Quem tem juízo não deve obedecer (Denílson Mendes dos Santos)
Como já é de praxe, nos dias comuns e até mesmo nas datas especiais, eu comando a cozinha lá de casa. Confesso que sou um ótimo cozinheiro e tenho a minha esposa como cobaia e testemunha dos pratos maravilhosos que faço. Como todos os bons cozinheiros espalhados mundo a fora, não deixo a desejar. Ainda abrirei um restaurante com etiqueta caseira e muita criatividade.
Num belo dia, não me lembro bem à data e a ocasião, juntei os ingredientes para fazer uma gostosa janta: arroz, feijão, legumes, carne, e verdura. Com muita precisão e habilidade, temperei a gosto e iniciei a minha arte culinária, dentro do mais apetitoso estilo, enquanto eu lavava o arroz.
Enquanto eu lavava o arroz, cuidava do feijão. Selecionei os ingredientes que daria a cor, aroma e sabor ao arroz e, o óleo aquecia no fogo dourando o alho.
Depositei os ingredientes junto do óleo e alho e adicionei o arroz. Acrescentei água fria e voltei a cuidar do feijão. Mantive as mãos ocupadas no preparo dos legumes e da carne e levei ao fogo. O tempero do picadinho foi a gosto e coloquei dois tabletes de caldo de carne que comprei em um mercadinho perto de minha casa.
O arroz já secando, baixei o fogo. Desliguei o do feijão.
Não pense você que me esqueci da salada! Simultaneamente eu preparava e montava, lavei a alface, o tomate, o pepino e cortei a cebola; O tempero foi feito no prato.
Interrompi o cozimento do arroz e deixei-o descansar. Verifiquei o picadinho e pronto! A comida estava feita.
Anunciei o jantar. Minha esposa veio toda feliz me fazendo elogios e varada de fome, embora ainda penso que é golpe dela, só para não ter que cozinhar, puxou a cadeira e sentou-se e, logo se levantou e foi se servindo, meu filho assistia televisão no quarto e insistiu para que eu o deixasse jantar vendo a TV, permiti com uma condição: se ele deixasse cair comida sobre a cama, teria que lamber o que caiu. Ele concordou porque não queria perder o programa que passava. Ele fez o próprio prato e correu para diante da TV com a boca cheia e os olhos grudados na bendita televisão. Servi-me e fiz companhia a minha esposa na mesa. Percebi que no quarto algo estava errado, pois meu filho estava muito quieto, me levantei e fiquei surpreso ao vê-lo literalmente postado de quatro lambendo a comida que caira no colchão. Fiquei com muito dó dele e ao mesmo tempo achei muito engraçado aquela cena.
É isso aí, quem tem juízo não deve obedecer.

O Carrinho (Lucilene Ferreira da Silva Contrim)

Estava caminhando para o meu trabalho e bem na minha frente ocorria uma situação que partiu meu coração.
Uma família com uma carroça vermelha bem velhinha recolhia nos lixos materiais para a reciclagem, havia uma criança bem pequena de uns quatro anos, era um menino que usava um macacão e um chinelo, um era azul e o outro era preto, provavelmente foi encontrado no lixo.
O menino ajudava os seus pais a remexer no lixo. Em frente de uma casa bem bonita de cor laranja e grades bem fortes o garoto encontrou um carrinho azul todo quebrado, e eu curiosa com que ia acontecer diminui meus passos e até parei numa árvore que tinha próximo e comecei a observar. O menino foi até a carroça de seu pai pegou uma sacola que estava amarrada ao lado, retirou um pedaço de barbante e o amarrou naquele carrinho vermelho, que provavelmente outra criança jogou fora porque não lhe servia mais. A alegria daquela criança em puxar aquele carrinho na rua foi tanta que os pais dele ficaram sorrindo, parecia que eles estavam alegres com o filho ter encontrado aquele carrinho velho.
Assim foi a família, o pai e a mãe mexendo no lixo e procurando o que lhes interessavam e o menino seguia se divertindo com o carrinho que tinha encontrado no lixo, e eu fui para o meu trabalho.


Inesquecível (Priscila da Silva Mello)

Em 1998 aos meus oito anos, ganhei uma cachorra que chamei-a de Neguinha; eu por ser filha única, era sozinha, não tinha irmãos, nem muitos amigos, tinha apenas um amigo, que era meu vizinho.
Quando meu pai me deu essa cachorra, lembro-me como se fosse hoje, sorri e meus olhos brilhavam de tanta alegria; era linda, bem peluda e pretinha, seus pelos era ondulados todos falavam de seus lindos pelos, fofinha de olhos grandes e brilhantes, tão carinhosa; me encantei.
A Neguinha era muito inteligente, obedecia à todos. Era como uma irmã para mim; brincava de esconde-esconde, pega-pega e tudo que eu queria brincar, ela brincava comigo, eu até treinava ela, colocava ela em cima do portãozinho e fazia ela andar, coitada, ela tinha medo de cair do portãozinho, mas eu era criança e ela fazia tudo o que eu queria. A minha solidão acabou quando ela apareceu, ela me fazia companhia e enchia meu coração de alegria. Todos gostavam muito dela.
A Neguinha também tinha extinto para ser mãe, mas a minha tia que morava no mesmo quintal, não queria que a Neguinha tivesse filhotes, por isso meus pais vacinavam-a para não ter filhotes.
Uma certa vez ela ficou grávida psicologicamente, junto com uma gata que estava realmente grávida; quando os filhotes da gata nasceram, ela pegou os gatinhos para ela, amamentou e cuidou, como se fossem dela, parou até de comer, só ficava no mesmo lugar, se dedicando aos gatinhos. Mas minha tia pegou todos os gatinhos, colocou em uma sacola e jogou em um quintal vazio. Minha cachorra ficou depressiva na época, mas depois voltou a ser a mesma carinhosa, alegre e companheira de sempre.
Os anos se passaram, eu cresci, mas sempre tendo muito amor e carinho pela minha Neguinha. Mas não tenho todo aquele tempo que tinha quando eu era criança. Comecei a estudar mais, a trabalhar, a namorar. Um tempinho que sobrava brincava e ficava na companhia da minha Neguinha.
Em 2007 aos meus dezessete anos, e aos nove anos da minha cachorra, ela ficou triste e desanimada por um tempo, estava doente, teve convulsão, febre alta, falta de ar. Era uma noite fria e meu pai deixou que ela dormisse em um quartinho no fundo de casa, fui dormir com o coração apertado, no outro dia cedinho meu pai foi ver ela, e ela estava morta, as lagrimas começaram a cair dos meus olhos e o meu coração doeu tanto, fui trabalhar, mas viram que realmente eu estava sofrendo e me dispensaram depois de duas horas que trabalhei com tanto sofrimento. Sofri tanto com sua morte, e até hoje penso nela com um aperto no coração, vontade de chorar e saudades, muita saudades.
Hoje tenho outra cachorra que chamo-a de Neguinha também, porque gostaria que ela fosse como a Neguinha. Ela não é igual, mas é maravilhosa, carinhosa e engraçada, já sinto amor por ela. Mas nunca vou esquecer a minha Neguinha, que foi mais que uma cachorra para mim, foi uma irmãzinha!


“Infância” (Mary Adélia Visnadi da Silva)

Na década de setenta, eu morava com meus pais e meus irmãos, sendo cinco meninos e duas meninas. Morávamos todos em uma casa grande de madeira e com o assoalho de ma -deira também, no sítio de meu avô materno. Foi uma época inesquecível para mim. Na entrada do sítio, tinha uma porteira com desenho de um X e uma corrente com elos enormes para prendê-la no prego que tinha no palanque da cerca. Nossa casa era bonita, tinha janelas e portas grandes e um fogão de tijolos com vermelhão e funcionava à lenha, tinha uma chapa com três buracos, onde minha mãe colocava as panelas para preparar nossas refeições. Eu me lembro bem dos bolinhos de chuva e o chá que ela preparava para nós, nas tardes de inverno.
O inverno era mais rigoroso do que hoje, a grama dos pastos que eram verdinhas amanhecia toda branca , parecia neve de tão lindo que ficava. Meu pai era muito sábio, ele falava para nós que, o frio fazia a água virar gelo e colocava vários baldes e bacias com água perto de uma parreira de maracujá que tinha perto da porta da cozinha, eles ficavam expostos e no outro dia cedo, ficávamos maravilhados, pois acontecia do jeitinho que nosso pai havia dito e ele fazia várias vezes só para ver nossa alegria, e com isso o inverno se tornava uma estação tão prazerosa quanto as outras.

A Tragédia (Fabiana Maria Cintra)

No dia 20 de setembro do ano de 2007,uma grande tragédia aconteceu em Rancharia.
Um moço muito bêbado e transtornado bate palma em um portão, o dono da casa sai pensando ser um amigo que estava esperando e ao sair para atendê-lo com seu filho no colo. Quando chega ao portão a pessoa que o chamava saca-lhe uma espingarda dizendo que está ali para matá-lo.
Ele, de todas as formas pede para que ele não atire porque ele está com seu filho no colo, mas o cara transtornado grita:
_Eu vou te matar, vou te matar.
Com muita agilidade vai deslizando o filho pelo corpo para ver se conseguia colocá-lo no chão e, sem piedade, o homem muito alterado atira em direção ao seu rosto. Bem, a vítima não consegue colocar o filho no chão, ao receber o tiro e cai com a criança. Ao ouvir o disparo, sua mulher e sua sogra saem correndo para ver o que havia acontecido e deparam com os dois no chão. A mulher e a sogra ao ver aquela cena, desmaiam. Os vizinhos que ajudam as duas e acionam o socorro.
O socorro demora a chegar e muitos curiosos vão tomando conta daquele lugar. Há poucas chances para que ele sobreviva, pois o tiro atingiu seu rosto deformando-o todo e a bala alojando em seu cérebro.
Quando o socorro chega, ele está inconsciente, está muito mal mesmo onde só um milagre o salvaria. Quando a viatura do resgate da entrada ao Pronto Socorro do Hospital e Maternidade de Rancharia, esse moço vem a óbito às 20:35.
A família não acreditava naquilo, foi um momento muito difícil, ninguém acreditava. Ele havia acabado de chegar da firma onde trabalhava com um prêmio de R$ 200,00 reais no bolso. Pouco antes, havia chamado a mulher para ir ao supermercado, no entanto eles chagaram a ir, ele comprou rabada para que a sogra fizesse para eles, pois estava com vontade de comer rabada com polenta, mas como uma ironia do destino ou da vida aconteceu essa terrível tragédia .
Hoje passados um ano e oito meses a família ainda não se conforma, o único alívio que os conforta é que aquele homem mal, totalmente fora do normal de seu juízo perfeito, se encontra preso.
Isso dá certo alívio, pois não terá chance de destruir e nem desestruturar mais nenhuma outra família.
Deus disse : “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei”. Infelizmente vemos que não é bem isso que anda acontecendo nos dias de hoje. Aí me pergunto: Será que vale a pena amá-lo ou perdoá-lo? Não sei. Essa é minha resposta , pois entreguei esse fato ao tempo e só ele me dará a resposta.
Uma história real contada e acontecida na vida de uma pessoa que presa pelo amor familiar.

Meu questionamento (Sumara Cristiane)

Tudo me leva a um grande questionamento.
Fica ali mesmo, numa cidade, pequena que tem o nome de Rancharia, pelo fato de ter inicio com pequenos ranchos.
Numa pequena sala começo a observar.
As mães, se aproximam com seus pequenos, ainda bem sonolentos, e um a um vai ficando sob a responsabilidade de alguém.
Pronto, todos chegaram foram acolhidos.
O relógio bate exatamente às 08 h, é a hora do café, em fila as crianças se aproximam das mesinhas, vão recebendo suas canequinhas com leite, o pãozinho fresco e muito cheiroso. Assim ficam satisfeitas.
O café já terminou?
Sim, tudo é muito rápido, e assim dirigem-se para a sala, pois o tapete está lá, esperando por eles.
Sabem por quê?
Porque é hora da historinha.
A professora pega o livrinho, abre e começa a contar a historinha para as crianças, logo eles se destraem e a atenção acabam. Então o jeito é serem liberado para o parque.
No parque uns correm, outros escorregam,balançam e outros até brincam na gangorra. Fazem quase tudo que tem vontade. E assim de longe são monitorados.
Eu paro e começo a pensar:
Faculdade, apostilas visitas á sites informações buscas e nada sendo posto em prática! Então, para que uma faculdade se você apenas espera por um diploma não se importa, em mostrar o que aprendeu?
Deixa de mostrar aos pequenos como é importante educar! Não consegue mostrar o valor e como é bela a educação, feita com amor, não se dedicam, apenas esperam, pelo fim do mês e contam com seu décimo terceiro.
É por isso que eu questiono:
Porque escolher esse caminho, se você mesmo não tem preocupação com a educação?
Se você omitiu o que aprendeu, não luta por uma educação melhor.
Para que tanto investimento?
Na verdade, como gostaria que meu sonho se realizasse, vendo um desses meus pequenos, como uma grande autoridade, (Prefeito, vereador ou até mesmo juiz de direito), nesta minha cidade de Rancharia.
É por isso que a maneira de se educar precisa sempre ser repensada.

Doce lembrança (Érica de Oliveira Santos)
Sentada em minha cama, tarde da noite ainda sem sono, cansada de um dia de serviço olho para o alto, o forro da casa da até para ver as manchinhas pretas das goteiras das longas chuvas de verão. O pensamento voa muito longe há uns vinte anos mais ou menos...
Era meio de semana, quase na hora do almoço. Vovó, inspirada lavava a roupa no tanque, enquanto isso da cozinha vinha um cheirinho gostoso de carne de panela.
Naquela época era moda as crianças usarem calcinha de babadinho, e eu toda feliz com a minha de babadinho vermelho, brincava na área de serviço com minhas bonecas da Barbie que também eram a sensação do momento.
No canto da área havia uma mesa azul de madeira, e meu priminho Roberto inteligentemente com os pregadores enquanto vovó fazia seu serviço.
De repente percebemos que Roberto estava quieto demais. Estranho! Nós nem imaginávamos o motivo de tanta concentração.
Em suas mãozinhas tão pequenas e gordinhas, passeavam duas lagartas verdinhas com pintinhas amarelas.
Nós ficamos assustadas, pois eram mandruvás que vieram do coqueiro lá do fundo, do quintal da vizinha.
Mas Roberto parecia tão contente brincando com seus bichinhos novos, pois em sua cara brotava risos de alegria cada vez que encostava seu dedinho na lagarta e esta se retorcia.
Gritei de medo ao ver a cena, vovó largou a roupa sua no tanque e acabou com a brincadeira do pequeno Roberto.
A frustração foi tamanha, o pequeno chorou quando viu seus amiguinhos sendo jogados ao chão. Suas bochechas rosa ficaram vermelhas e o choro era estridente.
De repente o latido de um cão e me vejo ali, sentada em minha cama, olho o celular, já passa da 1 da manhã.
Lá fora Dog lati com os outros cães que passam na rua.
Olhei ao meu redor e busco algo que ficou perdido no tempo, que tragam lembranças de minha infância querida.
É tarde da noite o sono já toma conta do corpo, abro a gaveta da cômoda, uma cômoda antiga de pátina e pego o cachecol, cheirinho de lavanda gostoso, cachecol da vovó.
E assim o sono chega lentamente, lentamente...



Povo de Fé(Jaqueline de Almeida Gonçalves)
Numa cidadezinha do interior onde possuía casinhas simples que, em frente das mesmas, tinham belas flores nas cores vermelhas e amarelas umas mais belas que as outras.
Uma população de aparências simples que não se encantava com muitos prazeres de lazer, mas um povo trabalhador.
De madrugada com aquela neblina, faz frio. Ouço o despertar do relógio, as luzes são acesas e logo sinto o bom cheirinho de feijão, chego ate mesmo imaginar colocando aquele feijão na panela com aqueles temperos, o arroz soltinho, hum!!
Logo adiante ouço em poucos minutos conversas de alguns trabalhadores dando risadas e alguns deles com o rosário nas mãos. Então indo para mais uma jornada de trabalho na lavoura de cana-de-açúcar. Os facões chegam brilhar de tão afiados. Ê mais um dia de ganhar o pão para colocar a mesa e alimentar muitas bocas, vejo crianças e as ouço dizendo tchau... a esposa logo atrás que Deus os acompanhem.
Já de manhã com um belo sol radiante, muita movimentação de mulheres que saem de suas casas com vassouras e baldes indo a direção à capela, pois esta chegando o dia da festa, momento de todos unirem para agradecer a São Benedito por todas as benções atendidas e rezar.
Nossa! A capela esta linda!... Por todos lados vê-se flores, sinto os cheiros, os bancos brilham e o chão posso ver ate o meu rosto, que maravilha! São tantos os santos, mas quem esta em um ponto importante e o São Benedito, que ate o mesmo parece sorrir de emocionado pela fé e união daquelas pessoas que pouco tem, mesmo assim, sem ao menos receber a bênção, depositam com muita fé e devoção suas preces sobre ele.
Chegou o sábado da grandiosa festa na Capela do São Benedito o padroeiro da cidade. Nossa! A cidade esta cheia, a praça ficou pequena com tantas pessoas aglomeradas das cidades vizinhas e sítios. Que alegria! parece que a s paisagens do jardim da praça ficaram ate mais verdinhas e as flores muito mais coloridas.
A capela esta cheia de devotos com suas velas acesas e mãos levantadas cantando em direção ao altar que se encontra o santo com uma toalha branca e com bordados feitos pelas mulheres da cidade. Ali não há distinção ou discriminação de raças, sexo e classes sócias. Como este santo e forte e poderoso! Todos reunidos agradecendo pelas bençãos alcançadas e promessas feitas.
Lembra daqueles trabalhadores da cana-de-açúcar do começo da historia, daquela madrugada... por incrível que pareça estão na capela nem mesmo demonstram cansaço por ter enfrentado um trabalho árduo no qual acordaram as quatro da madruga, prepararam suas marmitas e moringa d água e, muitas das vezes chegam moídos sob um sol escaldante. Esses trabalhadores estão ajoelhados com tanta fé e devoção. Ao olhar seus rostos de pele envelhecida, porem tão jovens, as mãos calejadas fixados no altar, fico espantada.
Nossa! Estão bem arrumados! A esposa com seus bels vestidos com florzinhas coloridas. Bem simples, uma delas chega sorrir chorando e logo limpa para ninguém vê-la quando olha para o marido e as crianças que estão todos arrumadinhos. As meninas com laço de fita, cabelos bem penteados e roupas novas estão alegres, pois e festa e dia de estrear a roupa que papai e mamãe conquistaram com seus trabalhos e com muita dignidade que os tornavam cidadãos.
A festa foi sensacional teve cantoria de violeiros, dançaram ate o sol raiar e com as crianças dormindo sobre as mesas “eita” festa boa! Ouço alguns falarem.
E, novamente chega segunda-feira de madrugada, ouço o despertar do relógio, as luzes acendem e sinto o cheiro do bm feijão, mas com algo diferente. Os comentários da festa da Capela Benedito, o padroeiro da cidade que tem um povo de fé.



Ponto Econômico: Demora em entrega de cama (Gabriela Ap. Soares Lozano)

O Francisco, mais conhecido como Francisquinho, afirma que comprou uma cama de casal na loja Ponto Econômico da cidade de estrelinha, bem no centro da cidade, e que recebeu o produto quebrado e com um atraso de oito dias após a compra.
Ele conta que ligou para o estabelecimento para reclamar e pedir soluções, mais não conseguiu falar com nenhum atendente.
. O telefone só chamava, preciso de uma solução urgente, nunca imaginei que teria tanta dor de cabeça, afirma.
O Ponto Econômico informou que efetuou a entrega do produto no dia 21 de Outubro.
A empresa disse ainda que tem como compromisso colocar seus clientes em primeiro lugar, e que esta trabalhando para evitar eventuais problemas como o ocorrido nesse caso.
O Francisquinho procurou seus direitos. Devido á grande, dor de cabeça, demora da entrega e ainda pelo produto estar quebrado.
Foi enviada para o Francisquinho uma carta da loja pedindo mil desculpas.

O TUMULTO (Silvana Fernandes da Silva)
Certo dia peguei um circular para ir até ao centro da cidade, dentro dele já estava uma senhora, em outro ponto subiu uma moça com
um cachorrinho no colo, foi aí que começou uma discussão.
A senhora levantou-se do banco aos berros dizendo:
_ Onde já se viu colocar um animal dentro de ônibus? Isso está errado,o motorista tem que mandar você descer.
A jovem ficou muito irritada e foi logo respondendo...
_E o que você está fazendo aqui? Pra mim você também é um animal, sua elefanta!!!
Depois dessas ofensas começou a pancadaria causando um tumulto dentro do ônibus, o cachorrinho latia desesperado ao ver sua dona aos tapas, os passageiros tentavam acalmar e eu fiquei no fundo do ônibus só observando o que estava acontecendo, às vezes até ria daquela situação.
A pancadaria foi tão grande que acabaram quebrando os óculos de um rapaz que estava tentando acalmar as duas passageiras.
O motorista desviou o caminho e foram resolver tudo em uma delegacia de polícia.
Eu e os outros passageiros descemos e tivemos que ir a pé cada um para o seu destino porque aquela situação iria levar algum tempo para ser resolvida.


Doce lembrança (Érica de Oliveira Santos)
Sentada em minha cama, tarde da noite ainda sem sono, cansada de um dia de serviço olho para o alto, no forro da casa da até para ver as manchinhas pretas das goteiras das longas chuvas de verão. O pensamento voa muito longe há uns vinte anos mais ou menos...
Era meio de semana, quase na hora do almoço. Vovó, inspirada lavava a roupa no tanque, enquanto isso da cozinha vinha um cheirinho gostoso de carne de panela.
Naquela época era moda as crianças usarem calcinha de babadinho, e eu toda feliz com a minha de babadinho vermelho, brincava na área de serviço com minhas bonecas da Barbie que também eram a sensação do momento.
No canto da área havia uma mesa azul de madeira, e meu priminho Roberto inteligentemente com os pregadores enquanto vovó fazia seu serviço.
De repente percebemos que Roberto estava quieto demais. Estranho! Nós nem imaginávamos o motivo de tanta concentração.
Em suas mãozinhas tão pequenas e gordinhas, passeavam duas lagartas verdinhas com pintinhas amarelas.
Nós ficamos assustadas, pois eram mandruvás que vieram do coqueiro lá do fundo, do quintal da vizinha.
Mas Roberto parecia tão contente brincando com seus bichinhos novos, pois em sua cara brotava risos de alegria cada vez que encostava seu dedinho na lagarta e esta se retorcia.
Gritei de medo ao ver a cena, vovó largou a roupa sua no tanque e acabou com a brincadeira do pequeno Roberto.
A frustração foi tamanha, o pequeno chorou quando viu seus amiguinhos sendo jogados ao chão. Suas bochechas rosa ficaram vermelhas e o choro era estridente.
De repente ouço o latido de um cão e me vejo ali, sentada em minha cama, olho o celular, já passa da 1 da manhã.
Lá fora Dog lati com os outros cães que passam na rua.
Olhei ao meu redor e busco algo que ficou perdido no tempo, que tragam lembranças de minha infância querida.
É tarde da noite o sono já toma conta do corpo, abro a gaveta da cômoda, uma cômoda antiga de pátina, pego um cachecol, cheirinho de lavanda gostoso, era cachecol da vovó.
E assim o sono chega lentamente, lentamente...

Lembranças de Infância (Telma)
Quando eu tinha meus 7 anos gostava muito de brincar na rua, mais nem sempre podia. Cuidado de mãe.
Minha rua era um pouco perigosa, bêbados na rua, os drogados que ficavam na esquina 24 horas de plantão vendendo droga.
Do lado da minha casa do meu vizinho, tinha um terreno vazio e grande era só mato.
Era um lugar que eu e minhas amigas amava de brincar de esconde-esconde.
Eu estava na frente da minha casa, com as minhas amigas, era uma base de 6 horas da tarde, quando começou uma grande discussão:
-“Quero minha pedra, me devolve seu vagabundo, eu vou te matar.”
E chamaram a policia. O tal valente pulou o muro do vizinho e fugiu.
Mais quando foi umas 4 horas da madrugada ele voltou para terminar seu assunto.
O infeliz homem com quem havia brigado estava dormindo na rua e sem dó o malvado lhe acordou esganando-o pela garganta e começou a enforcá-lo.
Em seguida puxou para dentro do mato e deu um tiro na cabeça dele.
Cavou um buraco e enterrou o corpo no meio do mato, mas o que ele não sabia, era que aparecia o pedaço do tênis.
Eu gostava muito brincar naquele lugar, quando foi umas 5 horas da tarde, tinha acabado de chegar da escola, chamei as minhas amigas para brincar de esconde-esconde, eu e uma delas corremos para nos esconder no terreno e, vimos um tênis enterrado.
Como toda criança fuça, eu não fiquei a traz, fui desenterrar o tênis. Quando eu puxei o tênis, era uma perna do homem morto.
Eu tremi, fiquei branca de tanto medo, sai daquele lugar com as pernas bambas, eu nunca mais entrei no terreno.
Chamaram a policia e foram atrás do rapaz e tiraram o corpo.
Eu fiquei com medo eu não tinha coragem de fazer nada sozinha, eu não ia no banheiro sozinha, eu não ia no meu quarto, tinha medo do escuro, só dormia com a luz acesa durante um ano e alguns meses.
A minha mãe começou a levar eu na igreja e fui perdendo o medo.
Meu medo maior era que o morto viesse puxar a minha perna, pois eu puxei a dele, mas graças a Deus isso foi passando.
Agora naquele terreno foram construídas duas casas. Mais aquele terreno vazio, vai sempre ficar marcado por lembranças do passado.

O GAMBÁ (Ecaterine Constantino da Silva)
Numa escola de período integral onde ficam crianças de 3 a7 anos tudo o que acontece é um episódio.
Em um belo dia começou a chover, mas, a chuva era muita. E de repente a chuva forte de ventanias assustadoras foi que aconteceu mais um grande episódio. As crianças viram um bichinho entrar na sala de aula correndo como se fosse o ligeirinho.
Todos começaram a gritar desesperadamente à professora, até que ela veio e perguntou o que havia acontecido.
Um aluninho disse:
-Tia! Eu vi um bicho entrando na sala de aula!
A professora retrucou:
-Um bicho? Que bicho?
O aluninho continuou:
- Não sei tia!
Até que a professora acreditou e criou coragem e foi ver o que era. Ela se aproximou do local de mancinho, sem fazer barulho. Foi quando ela viu o bicho e saiu gritando para as colegas.
-Gente! Gente! Chama o bombeiro!
As colegas juntaram-se com as crianças fazendo aquele alvoroço:
-Que bicho que é? Ele é grande?
E a professora assustada e abismada não sabia se olhava o animal ou se corria ao telefone.
-Eu não sei que bicho é aquele! Dirigindo-se ao telefone, discou o numero 193 e chamou o bombeiro.
Depois de alguns minutos eles chegaram e foi até a sala de aula onde estava o bicho. De imediato não acreditaram no que estavam vendo. Fecharam-se dentro da sala e começaram a fazer tanto barulho como se tivessem quebrando tudo. De repente eles abriram a porta rindo muito de dar gargalhadas e tirando sarro das professoras e dos alunos.
Todos queriam saber e perguntavam que bicho é esse? Ao mesmo tempo as crianças:- Onde está o bicho tio? E o bombeiro todo orgulhoso do trabalho que fez e rindo da cara das professoras disse: era um gambá.

Das chamas à vitoria (Ana Paula Israel)
Um fato que me marcou muito foi na minha adolescência. Eu tinha 15 anos.
A minha casa veio apegar fogo e, quando eu e minha mãe recebemos a notícia, entramos em desespero.
A minha casa tinha dois quartos, uma sala, cozinha e o banheiro.Veio a queimar tudo, não sobrou quase nada.
Quando nós chegamos lá, o fogo estava lambendo tudo.
Os vizinhos tentando apagar o fogo e até o bombeiro, mas quando este último chegou, já tinha queimado quase tudo.
De um quarteirão dava para escutar as telhas de eternite estralando.
Eu e minha mãe fomos acolhidos pelos vizinhos, porque nós praticamente ficamos só com a roupa do corpo. Nós recebemos muitas doações de roupas, móveis e materiais de construção para podermos recuperar a nossa casa novamente.
Depois dela recuperada nós voltamos para tão amada casa.
É um fato que eu nunca vou me esquecer, mas graças a Deus que o Senhor nunca nos esqueceu também.


“O Doce” (Sumara Arruda)
Menina de oito anos, cabelos compridos e negros, sapeca e olhos miúdos, mas atentos.
Sua mãe passava roupa, num sábado chuvoso. Os pais haviam adquiridos uma geladeira e uma televisão, na época poucos tinham, era novidade e caro também.
O que mais a menina gostava era abrir a geladeira e tomar o ar geladinho, e pela enorme lata de goiabada que dentro havia, e que ela toda hora pedia um pedaço, a mãe tinha que parar o trabalho e atendê-la. Assim foi por três ou quatro vezes, na última vez que a mãe a serviu ela falou-lhe que da próxima vez, que voltasse a pedir, teria de comer a lata toda.
A menina brincou mais um pouco e tornou a pedir à mãe mais uma vez, e a mesma cumpriu o que tinha dito.
Colocou a menina sentada em uma cadeira e em seu colo, pôs a enorme lata de doce e deu ordem para que ela comesse tudo.
O primeiro pedaço foi bem, o segundo mais ou menos no terceiro pediu água e começou a chorar dizendo que não queria mais. A mãe esbravejou com ela, a colocou de castigo olhando para a enorme lata de goiabada, dizendo em voz alta, sou gulosa por doce de goiaba, hoje adulta nem em sonho come goiabada. Quer fazer ela rir, ofereça doce de goiabada.
Isso posso afirmar que aconteceu, porque a menina relatada sou eu.

“Um momento de estresse” (Joice Sartori dos Santos)
No dia 5 de maio de 2009, algo que eu não esperava aconteceu, eu estava enrolada com um garoto. A minha família, a maioria aceitou menos o principal, o meu pai, ele fez um maior barraco disse que não queria, ameaçou –me e também a minha mãe e o garoto.
Disse que ia nos matar. Ele ficou sem conversar com a minha mãe e comigo.
No dia 7 era o aniversário da minha mãe, foi o dia que ela esperava receber um carinho dele, mas não. Ele não queria saber da gente, mandou a gente sair de casa, falou muita coisa nos maltratando. Passaram dois dias e já era o dia das mães, eu e minha mãe levantamos cedo e fomos para missa, ela chorou muito pois as coisas em casa não iam bem. Tudo por minha causa, mas nós não entendíamos porque ele não queria aceitar este relacionamento.
No outro dia, eu comecei a puxar assunto com ele, pois ele é meu pai e não é certo ficar sem falar com essas pessoas tão importantes, ele não falou comigo. Quando menos esperava ele conversou comigo. Depois saiu de carro demorou um pouco, quando chegou trouxe um relógio para minha mãe e disse que eu podia namorar, pois tudo aquilo que ele tinha feito era por ciúmes, pois ele me ama demais e só quer o meu bem, nunca quer me ver triste, pois eu e o meu irmão somos os tesouros da vida dele.
Pediu desculpa para minha mãe e disse que não quer terminar um relacionamento de 23 anos de casado por um dia de loucura.

Uma história que eu não esperava acontecer (Daniela)
Tudo começou no início do ano de 1993. Estava eu em casa, com minha mãe feliz da vida, estávamos aparentemente todos na paz, mas, um exame de rotina feito por minha mãe, descobriu que estava doente. Uma mulher super feliz, de bem com a vida, até que o exame específico veio e constatou que ela estava com câncer no útero, mas nem isso tirou a felicidade dela e sim com tremenda garra, a luta começou, a luta pela vida.
Ela foi para outra cidade, e operou, tirou o tumor e depois de alguns dias veio embora. Passados 3 meses ela voltou a fazer outra cirurgia, porque ela sabia que sua situação tinha se agravado, o câncer já tinha se alastrado por todo o corpo, mas nem por isso ela desistiu de viver, pelo contrário,se apegava cada vez mais com DEUS para tentar vencer a doença . Ela operou, com fé, mas o que mais me machucava era aquela fé que ela tinha de sobreviver, sendo que o médico falou pra mim que ela iria morrer.
Passados 6 meses de luta contra a doença ela já estava pesando 25 kg, sendo que á 6 meses atrás ela pesava 89 kg. Até que uma noite meu pai foi chamá-la e ela não atendeu, ele correu, acendeu a luz e viu, a minha mãe com os olhos esbugalhados , olhando firme para o céu, mas com um detalhe, ela estava entrando em coma, sua língua travou no céu da boca, e ela parou que nem uma estátua. Chamamos a ambulância, mas não tinha mais jeito, minha mãe estava morrendo.
Quando entrei no quarto pra vê-la, ela estava parada, imóvel. Peguei na mão dela, e meu pai perguntou se ela lembrava de mim, era pra ela apertar minha mão. Aí meu mundo desabou. Ela conseguiu apertar minha mão, e sem mover os olhos , escorreu uma lágrima de seu rosto. Meu DEUS , ela mesmo naquela situação, se lembrava de mim.
Saí, sem rumo, chorando, perguntando a DEUS o porquê com a minha mãe.
No mesmo dia ela morreu, mas o que ficou pra mim é a lembrança, que mesmo com os problemas nunca devemos perder as esperanças e a fé, pois DEUS sabe o que é melhor pra nossa vida, e ele sempre faz as coisas certas.
Mas ela me fez e ainda me faz uma grande falta na minha vida , e onde ela estiver saberá sempre que eu a AMO, AMO , AMO demais, e serei grata pelo resto de minha vida, por tudo que ela fez por mim, por isso devemos dar muito valor pra nossa mãe enquanto está viva, porque depois será tarde demais...... a AMEI ONTEM, a AMO HOJE , E a AMAREI ETERNAMENTE.



A Praça da Igreja Matriz (Viviane Izabel Gimenes)

Você já parou algum dia para prestar atenção como as pessoas que passam em frente a uma “igreja” se comportam?
Então, em um belo dia em que os raios de sol aqueciam e alegravam a cidade, estava eu sentada no banco da praça da igreja matriz debaixo da sombra de uma enorme árvore entre tantas que compõem o aconchegante jardim. Nesta praça toda ladrilhada com pedras pretas e brancas que fazem bonitos desenhos no chão, está igreja amarela, quando a sol reflete nela chega a arder os olhos. Suas portas são brancas e estão sempre abertas.
Eu me encontrava sentada em um banco bem em frente à porta principal da igreja, com mais algumas pessoas desconhecidas que ali estavam. Pessoas idosas, crianças, jovens, todos conversando descontraídos.
De repente começo a observar a reação das pessoas que passam em frente à porta principal da igreja.
Passavam senhoras de vestidos todos recatados e fazem o sinal da cruz e seguem em frente. Passam senhores de chapéu, retira o seu chapéu ao passar pela porta, Passavam jovens descontraídos, pouco importava com a igreja ali. Passavam pessoas todas arrumadas, enfeitadas e apressadas que faziam o sinal da cruz rapidinho e nem olhavam direito para a igreja. Passavam senhoras de mãos dadas com crianças e as ensinavam que ao passar em frente a uma porta de igreja, onde se encontra o “Santíssimo”, deve sempre fazer o sinal da cruz em respeito.
Vinham pessoas que adentravam a igreja e por lá certo tempo ficavam, vinham outras que adentravam e rapidamente saiam.
Pude perceber que há pessoas apressadas, religiosas, distraídas, que nem mesmo sabe o significado daquele sinal e pessoas que ficam só curtindo a fresca. Como eu.


Inesquecível (Jéssica Santos da Silva)
Quando eu tinha um ano de idade, meus pais se separaram, e eu fui morar com minha avó paterna porque meu pai não queria dar minha guarda para minha mãe.
Morávamos em uma casa humilde, meu pai, meus avós e eu.
Foi quando meu pai se casou de novo, e essa esposa é tia da minha mãe,no caso, minha tia de segundo grau. Mas eu não sabia, eu era pequena e inocente para entender essa confusão de família.
Eu a chamava de tia, mas ela queria que eu a chamasse de mãe. Não achei problema, pois ela me tratava muito bem, como se eu fosse a filha biológica dela. Minha mãe lutava para ganhar minha guarda, só que meu pai fazia de tudo para ela não conseguir.
Nos finais de semana passávamos juntas, ai tudo bem. Com o passar dos dias, meu pai e minha madrasta começaram virar meu pensamento contra minha mãe. Eles diziam que minha mãe havia me deixado em casa sozinha, com a casa toda fechada e na ocasião, meu pai chegou lá e eu estava chorando. Que minha mãe tinha ido a um baile em outra cidade, e que não me queria, porque ela não tinha condições de me criar, e que minha avó materna também não tinha tempo para mim.
E isso ficou na minha cabeça, e aos finais de semana que minha mãe ia me buscar, meu pai não deixava ir com ela, dizia a ela que eu não queria vê- la, mas era mentira. Foi aí que minha mãe foi parando de ir me buscar aos finais de semana. Isso foi passando, perdi totalmente o contato com minha mãe. Meu pai e minha madrasta falando mal da minha mãe para mim.
Passaram- se 17 anos comecei a namorar, só que minha madrasta não gostava dele, só meu pai. Mas ela queria me prejudicar, falava mal do meu namorado para meu pai, sem razão, só porque ela não gostava dele, mas ela não conseguiu o que ela queria: colocar meu pai contra meu namorado.
Foi aí que um dia eu cansei nesse dia eu disse ao meu pai que eu iria morar com meu namorado, deixaria eles viverem a vida deles, porque minha madrasta me dizia horrores e que eu estava tirando a privacidade deles, meu pai nem ligou, disse que eu era ingrata, que eu fui a pior coisa que aconteceu na vida dele, e que se arrependeu muito em ter uma filha e ter ficado com minha guarda. Com isso, sai da minha casa mais triste do que eu estava.
E ele disse antes de eu sair de casa. “Você vai sair, mas não quero você de volta em minha casa, pode chorar lágrimas de sangue”.

sábado, 8 de agosto de 2009

ALUNOS ESCRITORES


Parabéns aos novos alunos escritores do 2º Termo de Pedagogia (FRAN) pela revelação de talentos em suas produções.

Sobre Crônicas

"Será talvez a crônica o gênero literário mais confessional do mundo. Pois o cronista, quando invariavelmente tira o tema dos comentários que faz de seu próprio cotidiando, ou do assunto do dia no país, na cidade, no seu bairro. Quando querem saber minha biografia, mando que leiam as minhas crônicas. Tudo o que conto e que comento foi tirado do meu dia-a-dia. Um menino que me trouxe uma flor, as memórias de infância, apelos do Ceará, fatos políticos, sentimentos, angústias, esperanças, alvoroços de coração, saudades, perdas, promessas, tudo isso cabe na crônica, aberta ou disfarçadamente. Compete ao leitor desvendar as entrelinhas." (Raquel de Queiroz)